viernes, 26 de febrero de 2010
Sonetos
Sonetos
Florbela Espanca
Estudio crítico de José Régio
Bertrand Editora, 1999 (en portugués)
A obra de Florbela é a expressâo poética de um caso humano. Decerto para infelicidade da sua vida terrena, mas glória do seu nome e glória da poesia portuguesa, Florbela viveu a fundo esses estados quer de depressâo, quer de exaltaçâo, quer de concentracâo em si mesma, quer de dispersâo em tudo, que na sua poesia atingem tâo vibrante expressâo. Mulheres com talento vocabular e métrico para talharem um soneto como quem talha um vestido; ou bordarem imagens como quem borda a missanga; ou (o que é ainda menos agradável) se dilatarem em ondas de verbalismo como quem se espreguiça por nada ter que fazer, que dizer -naturalmente as houve, e há, antes e depois da vida da Florbela. [...] Também, decerto, apareceram na nossa poesia autênticas poetisas, antes e depois de Florbela. Nenhuma, porém até hoje, viveu tâo a sério um caso tâo excepcional e, ao mesmo tempo, tâo significativamente humano. Jorge de Senna dirá: tâo expressivamente feminino.
(José Régio)
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